Cursos para motofretistas só serão exigidos em fevereiro de 2013
Com poucos profissionais já qualificados no mercado, Contran decidiu adiar cobrança. Demais normas começam a valer neste sábado (4).
Foto: Divulgação/Sest Senat
Os motofretistas terão mais tempo para realizar o curso de transporte seguro, determinado pela Resolução nº 350 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Todos os profissionais em atividade no Brasil deveriam contar com as aulas no currículo a partir deste sábado (4). Agora, esse requisito só será cobrado em 2 de fevereiro de 2013, conforme publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira (3).
De acordo com nota divulgada pelo Ministério das Cidades, os conselheiros decidiram prorrogar o início da fiscalização sobre os cursos porque a maioria dos condutores ainda não conseguiu se adequar às novas regras. No entanto, as demais normas a respeito de procedimentos e equipamentos, previstas na resolução 356, já serão exigidas (confira arte abaixo). Quem desrespeitar, será multado em valores que variam de acordo com a infração, pode ter o veículo apreendido e registrar pontos na carteira de motorista.
Os motofretistas alegam que não há vagas suficientes nas instituições para a realização das aulas. Para o diretor do Sest Senat de Porto Alegre (RS), um dos primeiros lugares a oferecer o curso no país, Carlos Becker, o problema é que os profissionais deixaram para a última hora. “Aqui na cidade, o Detran estima que existam 12 mil motofretistas. Mas desde que passamos a ofertar o curso, em agosto de 2010, no máximo 1.300 pessoas nos procuraram. Nos últimos três meses, a demanda subiu bastante, e estamos com oito turmas em andamento e mais de quarenta turmas fechadas para as próximas semanas, com vagas só para outubro”, relata à Agência CNT de Notícias.
O curso de transporte seguro, com aulas práticas e teóricas, tem o intuito de conscientizar os motociclistas visando a redução de acidentes no trânsito. “É isso que estamos nos propondo a fazer, mudar o comportamento deles. Além do mais, com essas novas exigências, acredito que o número de profissionais vai ter uma redução bastante significativa. Isso porque os aventureiros, os amadores, aquele cara que, por exemplo, trabalha no escritório durante o dia e depois pega a moto dele para fazer entrega, ele não vai mais se arriscar. Ou vai fazer de forma profissional ou vai deixar de fazer”, afirma Becker.
Segundo a nova decisão do Contran, os cursos poderão ser promovidos pelos Detrans, unidades do Sest Senat, Centros de Formação de Condutores (CFCs) e por entidades de ensino, desde que comprovada a capacidade técnica necessária, de forma presencial ou por ensino à distância (semi-presencial).
De acordo com nota divulgada pelo Ministério das Cidades, os conselheiros decidiram prorrogar o início da fiscalização sobre os cursos porque a maioria dos condutores ainda não conseguiu se adequar às novas regras. No entanto, as demais normas a respeito de procedimentos e equipamentos, previstas na resolução 356, já serão exigidas (confira arte abaixo). Quem desrespeitar, será multado em valores que variam de acordo com a infração, pode ter o veículo apreendido e registrar pontos na carteira de motorista.
Os motofretistas alegam que não há vagas suficientes nas instituições para a realização das aulas. Para o diretor do Sest Senat de Porto Alegre (RS), um dos primeiros lugares a oferecer o curso no país, Carlos Becker, o problema é que os profissionais deixaram para a última hora. “Aqui na cidade, o Detran estima que existam 12 mil motofretistas. Mas desde que passamos a ofertar o curso, em agosto de 2010, no máximo 1.300 pessoas nos procuraram. Nos últimos três meses, a demanda subiu bastante, e estamos com oito turmas em andamento e mais de quarenta turmas fechadas para as próximas semanas, com vagas só para outubro”, relata à Agência CNT de Notícias.
O curso de transporte seguro, com aulas práticas e teóricas, tem o intuito de conscientizar os motociclistas visando a redução de acidentes no trânsito. “É isso que estamos nos propondo a fazer, mudar o comportamento deles. Além do mais, com essas novas exigências, acredito que o número de profissionais vai ter uma redução bastante significativa. Isso porque os aventureiros, os amadores, aquele cara que, por exemplo, trabalha no escritório durante o dia e depois pega a moto dele para fazer entrega, ele não vai mais se arriscar. Ou vai fazer de forma profissional ou vai deixar de fazer”, afirma Becker.
Segundo a nova decisão do Contran, os cursos poderão ser promovidos pelos Detrans, unidades do Sest Senat, Centros de Formação de Condutores (CFCs) e por entidades de ensino, desde que comprovada a capacidade técnica necessária, de forma presencial ou por ensino à distância (semi-presencial).
Para fazer o curso, procure a unidade do Sest Senat mais próxima. Acesse o site ou entre em contato pelo telefone 0800-728 2891.
Confira a entrevista, na íntegra, com o diretor do Sest Senat de Porto Alegre (RS):
Com essa prorrogação da exigência do curso para o ano que vem,
será possível qualificar todos os profissionais?
É uma decisão lamentável do Contran. Esta já é a terceira prorrogação. O que observamos é que, quando está próximo do início da fiscalização, as matrículas no curso aumentam. Agora, por exemplo, estamos com oito turmas em andamento e mais de quarenta turmas fechadas para as próximas semanas, com vagas só para outubro. Quem não se inscreveu, infelizmente vai deixar para o fim do ano, para a última hora. A recomendação é procurar as instituições desde já para fazer o curso o quanto antes.
Como é o curso?
O curso tem aulas teóricas e práticas. Ele não é para ensinar o cara a andar de moto, é para qualificar e mostrar pra ele como ele deve agir, até porque as exigências são ter no mínimo 21 anos e possuir carteira há pelo menos dois anos. Ele vai vir aqui para saber qual a melhor forma de agir no trânsito com segurança para ele, para outros motoristas e para pedestres.
Em dois anos, apenas 1.300 dos 12 mil profissionais estimados em Porto Alegre participaram das aulas. Qual a percepção deles sobre o curso?
Eles chegam com todas as restrições possíveis, acham que estão perdendo tempo, mas quando fazem o curso, 95% saem mais conscientes. É um fator interessante, observamos todos falando do que aprenderam e do quão positivo o curso é. Dá resultado sim, a gente sente que ele sai com uma visão diferenciada, bem diferente da que possuia na hora em que chegou.
Aerton Guimarães
Agência CNT de Notícias
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