terça-feira, 17 de junho de 2014

Resumo de Primeiros Socorros

1. DEFINIÇÃO – Primeiros Socorros são as providências iniciais que devem ser adotadas em acidentes com vítima, a fim de minimizar seu sofrimento e evitar o agravamento das lesões, até a chegada do resgate. 2. SOCORRISTA – Não precisa ser da área de saúde. Deve ser calmo, solidário, ter o controle da situação, não agir com impulsividade. Não ser omisso, porém limitar-se a fazer o que realmente sabe e não expor a própria integridade a riscos. 3. PRIMEIRAS AÇÕES – Não perca tempo, pois os primeiros cinco minutos são decisivos e podem determinar entre a vida e a morte das vítimas. Adote imediatamente as seguintes providências: a. Estacione o seu veículo em local seguro (fora da pista ou após o acidente); b. Sinalize o local conforme regulamentado pelo CONTRAN. A sinalização deve ser colocada numa distância proporcional à velocidade máxima para a via. Ex.: 40 k/h – 40 m (40 passos largos). Utilize o triângulo de segurança do veículo, arbustos/galhos, caixa de papelão, latas e outros materiais que não ofereçam risco de acidentes. c. Avise o socorro especializado e as Autoridades pelos telefones:  190 - Polícia Militar (PM) quando em vias urbanas e rodovias estaduais;  191 - Polícia Rodoviária Federal (PRF) quando em rodovias federais;  192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) quando em cidades com este serviço;  193 - Corpo de Bombeiros (COBOM) quando em cidades com este serviço. Obs.: Em caso de produtos perigosos isole o local e mantenha distância. 4. INFORMAÇÕES ÚTEIS - Ao ligar para o resgate tenha em mente as seguintes informações: a. Localização exata do acidente (nome da rua, número e ponto de referência); b. Tipo do acidente (carro, motocicleta, colisão, atropelamento); c. Quantos veículos envolvidos; d. Se há vazamento de combustíveis ou produtos perigosos; e. Número aproximado de vítimas, lesões aparentes e se há pessoas presas às ferragens. 5. PRIORIDADE DE SOCORRO – não deve ser estabelecida considerando a idade ou sexo da vítima. Dentre as vítimas com traumas graves faça uma relação entre o risco de morte e a possibilidade de atendimento pelo socorrista. Realize a análise primária das vítimas e estabeleça a prioridade de socorro conforme relação a seguir: 1º. Vítimas inconscientes (avalie o estado de consciência da vítima); 2º. Vítimas com parada respiratória (avalie se a vítima respira); 3º. Vítimas com parada cardíaca (verifique a pulsação da vítima – melhor artéria é a carótida no pescoço) 4º. Vítima com hemorragia (identifique sangramentos abundantes). 6. SINAIS VITAIS – São parâmetros que servem para avaliar o quadro clínico da vítima. Os mais comuns são: a. Respiração – o normal para um adulto está entre 16 e 20 movimentos respiratórios por minuto (MRPM); b. Pulsação – o normal para um adulto está entre 60 e 80 batimentos por minuto (BPM); c. Pressão arterial – o normal para um adulto é 120x80 (MMHG). Difícil de ser constatado pelo socorrista. d. Temperatura Corporal – considerada normal, para qualquer idade, índices entre 36° e 37°. Não sofre variação com a idade. 7. PARADA RESPIRATÓRIA – em acidentes de trânsito, normalmente ocorre por dois motivos: a. Contração muscular – ocorre em razão da pancada sofrida no diafragma. Afrouxe a roupa da vítima no pescoço, peito e cintura. Mantenha a circulação de ar corrente. Alongue os membros superiores e inferiores da vítima para descontrair a musculatura (caso não haja fraturas). b. Obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta) – pode ocorrer por materiais como próteses dentárias, secreções, sangue coagulado ou alguma coisa que a vítima pudesse estar comendo. Promova a imediata desobstrução e, caso a vítima não restabeleça a respiração natural, dê início à manobra de reanimação artificial (boca a boca). Obs.: Técnica “boca a boca” em adultos ou “boca a boca-nariz” em bebês: a. Incline a cabeça da vítima para que a língua descole da glote e aumente a passagem de ar; b. Pressione as narinas da vítima, utilizando os dedos indicador e polegar; c. Coloque a boca sobre a da vítima e sopre o ar para dentro dela até perceber que o seu tórax ou abdome se eleva. d. Retire sua boca de sobre a da vítima e deixe-a expirar o ar livremente. e. Repita esta manobra cerca de 12 a 15 vezes por minuto e persista com a manobra até a chegada do socorro. 8. PUPILA – conhecida como “meninas dos olhos” é um ponto escuro no centro do olho. Quando expostas à luz ficam contraídas (miose) e ao escuro ficam dilatadas (midríase). Numa parada cardíaca as pupilas ficam dilatadas.

9. PARADA CARDÍACA – é a ausência de batimentos cardíacos (pulsação). Proceda da seguinte forma:
a. Coloque a vítima em decúbito dorsal (de costas para o chão) e localize o osso chamado “Esterno” (no centro do peito);
b. Utilize a base das mãos (mãos sobrepostas) para comprimir sobre a metade inferior do osso;
c. A compressão deve ser rápida e forte. A força depende da estrutura física da vítima (em bebês utilize apenas dois dedos);
d. Execute esta manobra cerca de 60 vezes por minuto. Persista com a manobra até a chegada do resgate.
10. MONBRAS DE RESSUCITAÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA (RCP) – em caso de parada cardíaca e respiratória simultaneamente, dê
início às manobras de ressuscitação, observando os seguintes procedimentos:
a. Apenas um socorrista – mantenha um ritmo de 30 compressões para duas insuflações (30 por 2).
b. Sendo dois socorristas – o ritmo deve ser de 5 compressões para cada insuflação (5 por 1).
c. Em crianças e bebês o ritmo será sempre de 5 compressões para cada insuflação (5 por 1).
11. HEMORRAGIA – é a perda de sangue devido ao rompimento de uma artéria, veia ou vaso sanguíneo. Quando proveniente de
uma artéria chama-se “hemorragia arterial” (mais perigosa e difícil de ser controlada). Se proveniente de uma veia chama-se
“hemorragia venosa”. As hemorragias podem ser internas ou externas.
a. Nas hemorragias internas - A vítima apresenta sintomas como palidez, ânsia de sede, queda de pressão arterial e baixa
temperatura corporal. O socorrista deve limitar-se a lateralizar a cabeça da vítima de maneira a evitar uma possível asfixia
em razão da formação de coágulo sanguíneo nas vias aéreas. É obrigatório o atendimento médico.
Obs.: nas hemorragias nasais coloque a vítima com a cabeça abaixada para frente e faça compressão com os dedos, polegar e
indicador, por cerca de 10 minutos. Também é adequado fazer compressa encharcada em água gelada e aplicação de
bolsa de gelo sobre as narinas. Neste caso, nem sempre será necessário o atendimento médico.
b. Nas hemorragias externas deve-se fazer compressão sobre o ferimento utilizando uma compressa limpa (pano, gaze,
camisa, toalha e outros). Não utilizar técnicas domésticas como: colocar açúcar, sal, pó de café, cinza e outras. As técnicas
de “garroteamento” e “torniquete” só podem ser utilizadas por profissionais.
12. FEBRE ou HIPOTERMIA – se a vítima apresenta temperatura corporal acima de 37° dizemos que ela está com “febre”. Se a
temperatura tiver abaixo de 36° considera-se “hipotermia”.
a. Em caso de febre – desagasalhe a vítima; se possível dê banho de imersão na temperatura corporal; faça compressas frias
na testa, axilas e pescoço. Em nenhuma hipótese ofereça medicamentos antitérmicos.
b. Em caso de hipotermia – agasalhe a vítima; mantenha-la aquecida.
13. LESÕES NA COLUNA – para diagnosticar possíveis lesões nesta região provoque estímulos físicos na vítima, para testar sua
capacidade de mobilidade e sensibilidade. Caso suspeite de lesão, a primeira providência é imobilizar a região do pescoço utilizando,
para isso, um colar cervical (mesmo que seja improvisado). Se necessário transportá-la, faça isso utilizando uma maca, porta, tábua
ou qualquer outro material que permita a imobilização total da vítima. Todo cuidado pode ser pouco nesta situação, pois uma lesão
na coluna pode provocar traumas irreversíveis, deixando a vítima permanentemente paraplégica.
14. FRATURAS, ENTORSES ou LUXAÇÕES – são as lesões mais comuns em acidentes de trânsito. Qualquer delas deve ser tratada
com a imobilização da região afetada. Faça compressas geladas no local para amenizar a dor e o inchaço. Em caso de fraturas
expostas (quando o osso rompe a pele e fica exposto) faça um curativo sobre o ferimento e proceda como nas fraturas fechadas.
Obs.: Não é adequada qualquer tentativa de recolocar o osso ou membro fraturado na posição natural.
15. APLICAÇÃO DE BANDAGEM – bandagem é o mesmo que ataduras. Podem ser utilizadas para fixar um curativo; numa
imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo. Na falta de ataduras podem ser utilizadas tiras limpas de um
lençol ou outro tecido qualquer. Ao aplicar a bandagem devem ser observados os seguintes procedimentos:
a. A região deve estar limpa e os músculos relaxados;
b. Começar a enfaixar da extremidade para o centro (de baixo para cima);
c. Enfaixar da esquerda para a direita.
16. AMPUTAÇÃO DE MEMBRO – caso a vítima sofra amputação em qualquer de seus membros, o procedimento correto é pegar a
parte amputada, colocá-la dentro de um saco plástico, e rapidamente acomodá-la num recipiente com gelo. Não é adequado que o
membro amputado tenha contato direto com o gelo, sob o risco de queimar os ligamentos e impossibilitar à re-implantação.
17. QUEIMADURAS – podem ser de 1º, 2º ou 3º graus. Se a vítima estiver em chamas, use o método de abafamento para conter o
fogo. Retire toda a roupa onde foi atingida pelo fogo sem puxar as partes aderidas ao ferimento. Retire também anéis, braceletes,
pulseiras e outros materiais que possam apertar em caso de edema (inchaço). Cubra a queimadura com algo não aderente (plástico)
e mantenha sob a água para amenizar a dor. Nunca aplique qualquer medicamento.

Elaborado por: Ronaldo Cardoso e-mail: ronaldo@autoescolaonline.net
Fabiana Matheus e-mail: fabiana@autoescolaonline.net Página 3

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