Considero que educar para o trânsito não é transmitir regras e repetir avisos de cuidado nas ruas. Educar para o trânsito é ir muito mais além. É formar um indivíduo com consciência e prática éticas e solidárias. Somente assim se conseguirá um trânsito com menos riscos de acidentes e, consequentemente, com menos feridos e mortos.
sábado, 30 de novembro de 2013
Primeiros Socorros
Primeiros Socorros
Acidentes de trânsito podem acontecer com todos. Mas poucos sabem como agir na hora que eles acontecem.
Por isso, todos os condutores deveriam saber os procedimentos básicos no caso de um acidente de trânsito.
- o sofrimento de muitas pessoas, causados por mortes e ferimentos, inclusive com sequelas físicas e/ou mentais, muitas vezes irreparáveis;
- prejuízos financeiros, por perda de renda e afastamento do trabalho;
- constrangimentos legais, por inquéritos policiais e processos judiciais, que podem exigir o pagamento de indenizações e, até mesmo prisão dos responsáveis.
Custa caro para a sociedade brasileira pagar os prejuízos dos acidentes: estima-se em 10 bilhões de reais, todos os anos, que poderiam ser aproveitados, por exemplo, na construção de milhares de casas populares para melhorar a vida de muitos brasileiros.
Por isso, é fundamental a capacitação dos motoristas para o comportamento seguro no trânsito, atendendo a diretriz da "preservação da vida da saúde e do meio ambiente” da Política Nacional de Trânsito".
Fonte: Cartilha Noções de primeiros socorros no trânsito
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Criação da Federação Nacional dos INSTRUTORES
Desde 2004 instrutores e instituições ligadas à categoria profissional dos instrutores de trânsito batalham para formar a Federação Nacional dos Instrutores de Trânsito (FENAINST).
A ideia começou a ser pensada já em 2004 por sugestões de profissionais do Paraná. A primeira reunião foi realizada em São Paulo, percorreu cidades como Campinas, estendeu-se à Belo Horizonte (MG), Brasília e Rio de Janeiro. Agora a causa é abraçada mais do que nunca pelo Sindicato dos Instrutores e Empregados em Autoescolas de Aprendizagem do Estado do Rio de Janeiro (SIEAERJ), tendo a frente o seu presidente, Adalto Noventa Medeiros.
O objetivo é criar uma entidade de representação dos instrutores de trânsito de todo o país. Nos municípios dos diferentes estados em que os instrutores não tenham um sindicato, a FENAINST se encarregará em dar todo o apoio necessário para que a categoria se mobilize, se organize e forme a sua própria representação local e estadual.
A proposta é de uma entidade de classe em nível de federação em defesa dos direitos e também dos deveres dos instrutores de trânsito em todo o país. Participarão diretamente da FENAINST os representantes indicados pelos sindicatos associados, com direito a vez e voto.
Detalhe importante: o instrutor que não for afiliado a nenhum sindicato da categoria não poderá participar. A Federação Nacional dos Instrutores terá sede móvel e suas instalações serão no estado de origem de cada presidente eleito até o final do mandato, quando haverá nova eleição para escolha de novo presidente e, conforme for, nova migração da sede.
Sobre os poderes que nascerão com a FENAINST para intervir em defesa das principais questões e pleitos dos instrutores afiliados de todo o Brasil, é o estatuto, construído inicial e coletivamente pelo grupo que pretende regulamentá-los, definir e determinar a abrangência dessa representatividade dos instrutores associados.
O presidente do SIEAERJ afirma que a federação deverá buscar em âmbito nacional a valorização profissional e os investimentos para a capacitação dos instrutores juntamente com seus respectivos sindicatos. A federação representará, inclusive, judicialmente os sindicatos e instrutores associados quando solicitada.
Mas o melhor de tudo é que os representantes dos instrutores de trânsito que estão tentando montar a federação não estão tapando o sol com a peneira. Não são daquele tipo que colocam a boca no trombone e só reivindicam direitos sem reconhecer os pontos fracos e ameaças da atuação profissional que ameaçam a formação do futuro motorista.
A federação nasce com a bandeira de luta por valorização e reconhecimento dos instrutores de trânsito de todo o Brasil, mas não deixa de puxar a orelha e de envergonhar-se dos profissionais que atuam sem ética, que não respeitam seus alunos e não procuram melhorar a cada dia.
Seu principal defensor e um dos principais idealizadores da FENAINST, Adalto Noventa Medeiros, compõe o grupo de trabalho em Brasília junto a diversos órgãos, entidades e representações nacionais que estão debatendo e tentando melhorar a formação de novos motoristas no Brasil.
Sua apresentação durante a primeira audiência pública na Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados não poupou cada um dos integrantes do processo de habilitação no país que não atuam como deveriam atuar. E não passou a mão na cabeça de diretores de ensino e de instrutores mostrando que a honestidade, a lisura e a ética falam mais alto.
Não poupou os proprietários de CFC que não tem um projeto pedagógico definido. Não poupou os diretores de ensino que abandonam sua equipe de instrutores sem orientá-los, sem ajudá-los, sem avaliá-los e sem procurar o modo como ensinam.
Não poupou também os instrutores que envergonham a categoria por uma série de coisas que quem é da área sabe que acontece todos os dias, mas tenderá a deixar de acontecer com o apoio de uma federação que pretende nascer para lutar, apoiar e incentivar condições de trabalho dignas para os instrutores.
Dentre outras metas, a FENAINST lutará pela sensibilização e mobilização da categoria para a formação permanente que leve a substituição dos métodos de adestramento pela aprendizagem significativa da direção veicular.
Com a federação passando a existir, os próprios instrutores de trânsito que comporão os conselhos ajudarão a elaborar o código de ética da categoria e ajudar a fiscalizar a atuação dos colegas que não se pautam pela conduta ética desejada.
A federação Nacional dos Instrutores de Trânsito que está sendo criada - e esperamos que em breve saia do papel - terá poderes junto aos órgãos de trânsito e politicamente deverá ter sua representatividade respeitada.
Perguntando ao presidente do SIEAERJ sobre o que está faltando para que a FENAINST comece a operar, obtive como resposta que “uma das maiores dificuldades em sua fundação é a vaidade de muitos.”
Penso que a criação de uma federação nacional para os instrutores de trânsito é um passo mais importante do que a disputa para saber quem é o pai da criança. Há os interesses de uma categoria inteira em jogo e a fumaça que sai da fogueira das vaidades não deveria intoxicar uma proposta tão séria.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
ATENÇÃO DIRETORES GERAIS E DE ENSINO DE CFCs
Comunicado DETF nº 02, de 21-11-2013
Diretoria e Educação Para o Trânsito e Fiscalização
Considerando a Nota Técnica nº 536/2008/CGIJF/DENATRAN,
de 9 de setembro de 2008;
Considerando o contido no artigo 46, parágrafos 1º e 2º
da Resolução Contran nº 358/2010, de 13 de agosto de 2010;
Comunico aos profissionais de trânsito que possuem credencial,
expedida pela Diretoria de Educação para o Trânsito e
Fiscalização, com a titulação “Diretor Geral –CFC B” e “Diretor
de Ensino – CFC B” que:
1. As credenciais permanecerão válidas até a data de 13 de
agosto de 2015, tendo em vista o prazo de cinco anos, previsto
na Resolução Contran nº 358/2010;
2. Findo o prazo, os profissionais deverão frequentar
Curso de Atualização para Diretor Geral e/ou Diretor de Ensino
submetendo-se às exigências estabelecidas na Resolução Contran
nº 358/2010, Portaria Detran nº 830/2011 e demais normas
do DETRAN.
3. Este Comunicado entra em vigor na data de sua publicação
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Maus hábitos diminuem vida útil das peças do veículo
Mariana CzerwonkaPortal do Trânsito
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Ao descer uma ladeira, você costuma deixar o carro em ponto morto? Se a resposta é sim, saiba que esse ato não é mais econômico, diferentemente do que muitos motoristas imaginam. Nesta matéria, acompanhe dicas importantes para manter a segurança, poupar seu dinheiro e, consequentemente, aumentar a vida útil das peças do automóvel, até porque sexta-feira, 15, é feriado da Proclamação da República, momento em que muita gente aproveita para pegar a estrada.
Hoje, a maioria dos veículos em circulação possui injeção eletrônica. Quando o motorista anda “na banguela”, o sistema entende que é necessário liberar mais combustível para que o carro desenvolva. Também é comum que haja desgaste dos freios e problemas no câmbio, além de instabilidade e perda considerável do controle em situações de crise. O músico e jornalista Diego Torres só percebeu isso em 29 de novembro de 2008, quando teve prejuízo de R$ 5.500. “Lembro como se fosse ontem”, diz bem humorado.
Em ponto morto, Dito, como é conhecido, freou bruscamente, perdeu o controle da direção, bateu em outro veículo e foi parar na contramão. A velocidade e as péssimas condições dos pneus foram agravantes. O hábito pode render multa de R$ 85,13, como prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). E não é diferente na prova prática do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em que o candidato automaticamente perde dois pontos caso faça uma descida com a marcha desengatada.
Outro erro comum é deixar o pé apoiado no pedal da embreagem com o veículo em movimento. Isso acelera o desgaste do disco, molas e rolamentos em até 40% - o conjunto chega a custar cerca de R$ 300. Quer economizar? Então, comece a usar o freio de mão para esperar até o semáforo abrir. Dirigir com a mão apoiada na marcha também não é recomendado. O procedimento força e desgasta o trambulador, que é responsável por transmitir os movimentos para a caixa de câmbio.
Passar com o carro enviesado na lombada pode provocar torção na carroceria e empenar o monobloco, além de depreciar o alinhamento e balanceamento. O correto é atravessar o obstáculo em linha reta. E, por fim, o motorista não deve deixar para abastecer apenas quando estiver na reserva. Como a injeção eletrônica recebe refrigeração do combustível, as impurezas vão para o fundo do tanque, que acaba entupido e faz o motor falhar. Quanto menos álcool ou gasolina, maior será a temperatura e mais rápido o combustível evapora.
Outras dicas
- Motoristas e passageiros jamais devem colocar o braço para fora do veículo. Além de perigoso, o CTB prevê multa para esse tipo de ato;
- Apoiar a roda de passeio no meio-fio faz com que o pneu sofra a pressão do veículo; - Pertences à vista dentro do veículo chamam a atenção de bandidos, que à noite se utilizam de lanternas;
- Se não puder desviar do buraco, não freie. Com a roda travada, o impacto é muito maior, o que sobrecarrega a suspensão e o próprio sistema de freios;
- Não gire o volante com direção hidráulica se o motor estiver desligado. E, mesmo em funcionamento, não se deve deixar o volante completamente virado por mais de 15 segundos. Nesta condição, o óleo é bastante aquecido pela bomba da direção hidráulica, o que pode causar danos no sistema e ruídos.
Com informações da Agência de Notícias do Acre
No TRÂNSITO e na VIDA, três palavrinhas são fundamentais: QUERO, DEVO e POSSO. Por que:
Ética: valores que definem o que "quero" e "posso". Devo, porque nem tudo que eu quero eu posso, nem tudo que eu posso eu devo e nem tudo que eu devo eu quero.
(Eça de Queiroz)
Sendo assim, resta nos o poder de escolher, não é?
Abraços,
Instrutora de trânsito Muriel Dutra
Ética: valores que definem o que "quero" e "posso". Devo, porque nem tudo que eu quero eu posso, nem tudo que eu posso eu devo e nem tudo que eu devo eu quero.
(Eça de Queiroz)
Sendo assim, resta nos o poder de escolher, não é?
Abraços,
Instrutora de trânsito Muriel Dutra
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Motos nos corredores...(POLEMICA), artigo 56 do CTB
EM 1997, o Congresso aprovou o Código de Trânsito Brasileiro, cujo texto original dizia, no artigo 56: "É proibida ao condutor de motocicletas, motonetas e ciclomotores a passagem entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila adjacente a ela". Assim como esse, outros dispositivos do CTB anunciavam um rigor até então inédito, a tal ponto que sua discussão no Congresso produziu reduções históricas nos índices dos acidentes de trânsito antes mesmo de a lei entrar em vigor, em janeiro de 1998.
Acontece que, no momento de sancioná-la, o então presidente da República vetou, entre outros, o artigo 56. Pior ainda, a mensagem 1.056/97 apresenta como razão para o veto o argumento de que "o dispositivo restringe sobre maneira [sic] a utilização desse tipo de veículo que, em todo o mundo, é largamente utilizado como forma de garantir maior agilidade de deslocamento". Assim, em vez de estimular a atitude prudente de motociclistas, o Executivo dava sua chancela à prática de andar "no corredor", hoje tão condenada pelos motoristas.
Não seria razoável atribuir apenas ao veto a situação que ora vivemos, mas o fato é que a proporção de motocicletas na frota nacional aumenta ano a ano, e elas representam mais de 30% dos veículos envolvidos em acidentes com vítimas. Se não cabe responsabilizar o veto por esse quadro, por outro lado não se pode ignorar que prevaleceu no período a percepção de que a motocicleta é a solução para superar a lentidão do trânsito nas cidades, exatamente como dissera o então presidente da República.
O crescimento do motofrete é o lado mais visível dessa realidade, que viu a motocicleta se consolidar como resposta economicamente viável à falência do Estado enquanto formulador e gestor de políticas de transporte urbano. A ponto de ouvirmos, nas discussões apaixonadas dos últimos dias, previsões -a um só tempo catastrofistas e ufanistas- de que o Congresso estaria a ponto de fazer a economia entrar em colapso, por inviabilizar o setor.
A propósito, o caso do motofrete sintetiza a atitude esquizoide de grande parte da sociedade em relação a motociclistas: o mesmo motorista que reclama da hostilidade do motoboy no trânsito encomenda a pizza que não lhe será cobrada se for entregue mais de meia hora depois, tempo de viagem que só é cumprido se o entregador transgredir as regras de trânsito. Mas esse já é outro assunto.
Uma manifestação dessa esquizoidia mais próxima do atual debate tem a ver com o fato de que a motocicleta requer uma distância maior do que o automóvel para parar. Por isso, motociclistas precisam guardar mais distância do veículo à frente do que motoristas. Em condições de tráfego denso, porém, os motoristas ocupam o espaço de segurança que motociclistas tentam deixar, restando a estes circular por onde os automóveis não passam. Ou seja, motociclistas muitas vezes são levados a andar "no corredor" pelos próprios motoristas.
Nada disso tira o valor do projeto de lei 2.650/03, recém-aprovado na Câmara dos Deputados, que recupera o espírito do texto original do CTB. Seu maior valor é ter como base um projeto que foi amplamente debatido no Congresso com participação de especialistas e outros representantes da sociedade civil, diferentemente do veto inspirado na percepção de algum burocrata que frequentava o Palácio do Planalto na época.
A viabilidade de fiscalizar o cumprimento da medida ganhou grande destaque no debate, mas é um aspecto de certa forma secundário. Digo isso porque, antes de ser um código penal, o CTB é um código de conduta (o artigo 56 está no capítulo 3º -Das normas gerais de circulação e conduta), cujo respeito depende mais da promoção da cidadania e de valores éticos que da penalização dos infratores.
Portanto, precisamos investir muito em programas de educação no trânsito para promover um adequado ambiente de convivência social. Afinal, a condição de implementação do artigo 56 está uma década pior.
Caixa de texto: • PAULO CESAR MARQUES DA SILV é, doutor em transportes pela eUniversidade de Londresé professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental e do Programa de Pós-Graduação em Transportes da UnB.
PAULO CESAR MARQUES DA SILVA
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